terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Blockchain, Tokenização e a disruptura no mundo dos investimentos.


Já faz um bom tempo que eu tenho estudado sobre o/a Bitcoin, suas partes técnicas, implicações econômicas, usabilidade, governança, inovação tecnológica, etc.

Mesmo achando que já compreendia bastante sobre a tecnologia de blockchain e suas consequências, me faltava ainda conhecer o conceito de token, que tem se popularizado muito com o lançamento das ICOs, que enxergo (agora) com excelentes olhos, como essa nova, sadia, justa e próspera fase, impactará positivamente no mundo dos negócios. 

Uma ICO é uma ação promovida principalmente por empresas (mas podem ser de infinitas categorias).

Nessa ação é feito o lançamento inicial de tokens  (moedas) e os detentores desses tokens podem, por exemplo, trocá-los por benefícios válidos na aquisição dos produtos/serviços intimamente ligados ao seu lançamento, ou até mesmo esses produtos/serviços somente poderem ser adquiridos utilizando seus próprios tokens.

Ou seja, se uma empresa deseja se capitalizar para lançar um novo produto/serviço,  ela lança ao mercado uma espécie de vale-beneficio que poderá ser utilizado na aquisição deste produto/serviço quando ele já estiver disponivel no mercado. 

E temos visto um processo muito forte nessa direção, não somente por empresas, mas em diversas categorias. 

Para exemplificar, um jogador de futebol pode lançar um token relacionado a sua carreira esportiva profissional e, quem for detentor do seu token, poderá adquirir produtos/serviços ligados a ele com uma série de exclusivos benefícios.

E o mais interessante é que mesmo se o detentor do Token não tiver interesse em consumir os produtos/serviços ligados a esses tokens, eles podem circular no mercado livremente de mãos em mãos.

Essa nova forma de relação contratual só foi possível de ser implementada graças à tecnologia super disruptiva e inovadora  inaugurada pelo Bitcoin, que é a tecnologia do blockchain. 

Sem entrar nos meandros da tecnologia, ela basicamente fornece confiabilidade extrema no registro dos contratos, regras de emissão dos tokens, infra-estrutura de comercialização, etc. Sendo praticamente invulnerável e com o custo baixissimo. 

Hoje no mercado de ações quem controla isso, dá segurança e confiabilidade ao detentor das açoes e oferece uma plataforma de custódia e negociação dessas ações, são as bolsas de valores e as corretoras, que cobram relativamente caro por isso.

Sem falar da burocracia e suas limitações, principalmente na busca de capital novo através das IPOs. 

Uma das limitações que enxergo é a dificuldade de se angariar fundos para capitalizar um novo produto/serviço ou até mesmo novos pacotes completos desses produtos/serviços, pois as ações são linkadas com a empresa como um todo. Haja vista a quantidade de processos de spin-off que vemos no mercado para tentar capitalizar um novo pacote de produtos/serviços.

Uma ICO resolve essa questão, e aproxima ainda mais a relação entre o investidor e a empresa, seus produtos e serviços.

Então, investidor, fique atento às ICOs, pois certamente nelas existirão boas oportunidades de ganhar dinheiro ou, como todo investimento de risco, também perder dinheiro se fizer escolhas equivocadas.

Este Blog tentará da melhor forma levar ao publico em geral o mundo das ICOs, criptomoedas, smart contracts, etc, para ajudá-los a tomar decisões mais acertadas.

E o que o Bitcoin tem a ver com isso? Assunto para o próximo artigo.